Partida.

Já passaram quase dois meses.
Talvez nem tenhas notado, mas eu, eu senti-os na pele. Custou e ainda custa muito. O tempo sem ti parece mais pesado e mais lento. As horas não passam tão rápido aquando os nossos momentos, agora, custa muito mais a passar um dia. Não interessa o local ou o tempo, o sentimento permanece igual. Para onde olhe, com quem conviva, sinto a tua ausência. Tenho saudades tuas. Como esta saudade, não há outra igual. Será que nunca te cheguei a dizer o quanto me ias fazer falta, o quanto me ia doer se me deixasses? Repeti vezes sem conta "nunca me deixes", essa frase parece ter perdido o valor que supostamente deveria ter. Naqueles tempos, imaginava o que seria de mim sem ti mas nunca imaginaria um cenário destes. Tu mudaste-me, conseguis-te "levantar-me" a cabeça e fazer com que eu desse um verdadeiro valor à minha vida, a partir daí o meu discurso sobre essa mesma mudara mas agora, tudo volta ao mesmo, à mesma rotina. Ora, nunca esperei tal coisa, foi como uma partida, uma partida que ainda hoje dói muito. Agora percebo quando se diz a alguém "não sei viver sem ti": não quer dizer que não saiba viver sem ti mas a vontade de fazê-lo perdeu-se. Perdeu-se pois a pessoa que eu considerava mais importante fora embora. Apesar de tudo, ainda hoje digo que sinto a tua falta, apesar de tentar esconder tal sentimento de toda a gente, eu amo-te.

ps. o texto original foi feito por uma amiga minha, a Tânia Rodrigues, que o identificou muito comigo e depois mo mostrou. Eu quis colocar aqui mas modifiquei-o um bocado (: